Assinada canto inferior direito pelo artista.
Técnica: Serigrafia com interferência a tinta acrílica pelo artista.
Pintor, desenhista, gravador e professor.
José Carlos de Porangaba Martins fixou residência em São Paulo, cursou desenho, pintura e modelo vivo na Associação Paulista de Belas Artes, entre 1967 e 1970. Na década de 70, estuda gravura com Paulo Mentem e modelagem com Olinda Dalma; e funda o Atelier J. Martins, em 1972. Em 1980, leciona pintura na Escola Panamericana de Artes.
"A estrutura fragmentária da obra de Mário de Andrade encontra paralelo na composição livre e entrecortada que Martins de Porangaba utilizou em sua série denominada, convencionalmente, em seu conjunto, de MACUNAÍMA. Nela os planos se entrelaçam e casas, árvores, lua, sol, pássaros, pessoas, ambientes interiores e exteriores, peixes, são dispostos de forma aparentemente aleatória, mas cuidadosamente organizados do ponto de vista composicional e plástico. As imagens assumem formas simbólicas. Com elas Porangaba nos remete a profundos estados poéticos e resgata conosco o clima de uma infância que parecia tão distante. O sonho não acabou. (...) Uma análise global da obra de Martins de Porangaba nos leva a concluir, todavia, que ele não é apenas um pintor de figuras humanas, de animais, coisas, paisagens, de Macunaíma, do circo. Ele é um pintor da aventura do homem na terra. Pessoas, animais, coisas, a natureza, o sonho, a fantasia, são partes desta grande aventura".
Enock Sacramento