São Paulo, Brasil - 1982.
Ver obras do artistaRodrigo Franzão é um artista contemporâneo brasileiro conhecido por sua exploração inovadora da arte têxtil e de mídia mista. Com formação em Literatura, Artes e História da Arte, a prática de Franzao examina intrincadamente a relação entre forma, textura e cor, enfatizando a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental. Seu trabalho incorpora materiais ecológicos, como papel alemão certificado pelo FSC e tintas acrílicas, destacando seu compromisso com práticas artísticas éticas.
A arte de Franzão apresenta camadas dinâmicas de papel dobrado e texturas que evocam uma sensação de movimento, oferecendo aos espectadores uma experiência tátil e imersiva. Com sede em Nova Orleans, ele expôs internacionalmente em locais de prestígio, incluindo a Bienal Internacional de Arte Têxtil e Papel (Bélgica, 2024) e a Bienal Internacional de Arte Têxtil – Fibremen 5 (Ucrânia, 2015). Ele também é presença regular em grandes feiras de arte, como Art Miami (2024), Expo New York (2024) e Art Palm Beach (2025), e participou de leilões proeminentes dedicados a causas nobres, consolidando ainda mais seu papel como um artista socialmente consciente, como ART FOR LIFE para a Design Industries Foundation Fighting AIDS em Chicago (2024) e VCPORA para Salvaguardar o Patrimônio do French Quarter em Nova Orleans (2023).
As obras de Franzão fazem parte de coleções significativas, incluindo a University of North Alabama, a Robert Yahner Collection (curadora do The National Arts Club, Nova York) e o Museu do Superior Tribunal de Justiça em Brasília. Sua exposição individual The Soul of the Water (2023) na Jillian Mac Fine Arts em Nova Orleans, com curadoria de Jill McGaughey, solidificou sua posição na arte contemporânea. Ele também participou do ART NOW na Hearst Tower em Manhattan, com curadoria de Betty Levin.
Um líder de pensamento na comunidade de arte têxtil, Franzão é o fundador do Museu Têxtil, um museu virtual, e da InTheArts, uma revista de arte dedicada a práticas têxteis e de mídia mista. Seus projetos curatoriais, incluindo Threads of Tomorrow (2024) e Textile Expressions (2023), continuam a moldar o futuro da arte têxtil contemporânea, reforçando seu status como uma figura influente no cenário artístico global.
O trabalho de Franzao desafia os espectadores a reconsiderar a relação entre natureza, arte e sociedade, enquanto reflete sobre temas de fragilidade, interconexão e passagem do tempo.
DECLARAÇÃO DO ARTISTA
Meu trabalho é um diálogo entre materialidade, luz e forma, onde me envolvo com as propriedades inerentes do papel alemão sustentável e certificado pelo FSC e das tintas acrílicas para explorar a delicada tensão entre natureza e criação. Essa prática não é simplesmente uma busca estética, mas um testemunho de uma filosofia que honra o meio ambiente enquanto ultrapassa os limites da percepção visual.
Cada peça começa com a meticulosa dobra e camadas de pedaços de papel, um processo que estabelece profundidade, textura e movimento, evocando uma sensação de energia cinética dentro da estática. A interação de luz e sombra que resulta da fisicalidade do papel serve como uma força dinâmica, ativando o trabalho em resposta ao espaço circundante. Procuro criar uma experiência visual onde o público seja convidado a considerar não apenas a composição, mas também a natureza efêmera da própria luz.
Segue-se a aplicação de tinta acrílica, onde é introduzido um gradiente monocromático refinado. As transições do escuro para a luz culminam em um ponto concentrado de branco, simulando o fluxo matizado da luz natural à medida que ela se desloca pela tela. Esse gradiente fala da natureza fugaz do tempo, um tema que percorre meu trabalho, convidando à contemplação dos ciclos de mudança e renovação tanto no mundo natural quanto na existência humana.
Meu compromisso com a sustentabilidade se estende além da superfície, servindo como um princípio orientador em todas as fases da criação. O uso consciente de materiais ecológicos reflete meu profundo respeito pelo planeta, ressaltando a crença de que a arte não deve apenas ressoar no momento presente, mas contribuir para um futuro em que beleza e responsabilidade coexistem. Dessa forma, meu trabalho se torna uma celebração do equilíbrio – entre arte e ambiente, forma e ausência de forma, permanência e impermanência.
Tem obras em coleções públicas nos Estados Unidos, Brasil e Portugal.