Brasil; 1903 - 1962
Ver obras do artistaNasceu em 30 de dezembro de 1903, em Brodósqui (SP) e faleceu em 1962. De origem humilde, recebeu apenas instrução primária e desde criança manifestou sua vocação artística. Aos quinze anos vai para o Rio de Janeiro, em busca de um aprendizado em pintura, matriculando-se na Escola Nacional de Belas-Artes. Em 1928 conquista o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro, da Exposição Geral de Belas-Artes, de tradição acadêmica. Parte em 1929 para Paris, onde permanece por um ano. Volta ao Brasil no início de 1931, para retratar em suas telas o povo brasileiro, superando aos poucos sua formação acadêmica e fundindo à ciência antiga da pintura uma personalidade moderna e experimentalista. Aos poucos, sua inclinação muralista revela-se com vigor nos painéis executados para o Monumento Rodoviário, na Via Presidente Dutra, em 1936, e nos afrescos do recém construído edifício do Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro, realizados entre 1936 e 1944. Companheiro de poetas, escritores, jornalistas, diplomatas, Portinari participa de uma notável mudança na atitude estética e na cultura do país. No final da década de trinta consolida-se a projeção de Portinari nos Estados Unidos com a execução de três grandes painéis para o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York e com a aquisição de sua tela Morro pelo Museu de Arte Moderna (NY). Nos anos seguintes executou uma série de trabalhos importantes no exterior. De volta ao Brasil, realiza, em 1943, oito painéis conhecidos como Série Bíblica, fortemente influenciado pela visão picassiana de ‘Guernica’ e sob o impacto da Segunda Guerra Mundial. Segue realizando exposições na Europa, Buenos Aires até exilar-se, em 1948, no Uruguai, por motivos políticos, onde pinta o painel A Primeira Missa no Brasil, encomendado pelo Banco Boavista do Rio de Janeiro. Em 1952, inicia os estudos para os painéis Guerra e Paz, oferecidos pelo governo brasileiro à nova sede da ONU. Concluídos em 1956, os painéis, medindo cerca de 14 x 10m cada ‘os maiores pintados por Portinari’ encontram-se no hall de entrada dos delegados do edifício-sede da ONU, em Nova York. Em 1954, tem os primeiros sintomas de intoxicação das tintas, problema que agravou em 1961, período em que preparava uma grande exposição a convite da Prefeitura de Milão. No ano seguinte Portinari falece. Ao longo de sua carreira realizou inúmeras exposições e recebeu diversas premiações nacionais e internacionais. Vale destacar que Portinari foi o único artista brasileiro a participar da exposição “50 Anos de Arte Moderna”, no Palais des Beaux Arts, em Bruxelas, em 1958. Dentre seus prêmios mais importantes destaca-se Medalha de Ouro, em 1955, concedida pelo International Fine Arts Council de Nova York, como o melhor pintor do ano e o Prêmio Guggenheim do Brasil, em 1956.