Maranhão 1930 - 2016
Ver obras do artistaPoeta, dramaturgo, tradutor e crítico de artes plásticas. Nascido em São Luís, no Maranhão, em 1930, aos 18 anos trabalhou como redator no Diário de São Luís, e um ano depois publicou seu primeiro livro, Um Pouco Acima do Chão. Em 1951, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como jornalista nas revistas O Cruzeiro e Manchete e no Jornal do Brasil. Gullar participou da fase inicial do movimento concretista, inclusive da 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 1956. No ano seguinte, rompeu com os poetas concretos após ler um artigo de Haroldo de Campos no Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, intitulado Da Psicologia da Composição à Matemática da Composição. Em resposta a esse texto, escreveu outro artigo, Poesia Concreta: Experiência Fenomenológica, publicado no mesmo jornal, em 1957. Gullar discordava do que considerou um racionalismo excessivo da poesia concreta e defendeu mais subjetividade, o que resultou na criação do movimento neoconcreto, do qual participam artistas plásticos como Hélio Oiticica, Lygia Clark e poetas como Reynaldo Jardim. O Manifesto Neoconcreto foi divulgado em 1959, no Jornal do Brasil, e nesse mesmo ano ocorreu a 1ª Exposição Neoconcreta. As ideias do movimento foram expostas na Teoria do Não Objeto, que Gullar publicou no mesmo ano. Preso no período da ditadura por obras de cunho crítico político. Em 1971, exilado, residiu em cidades como Paris, Moscou, Santiago, Lima e Buenos Aires, de onde enviou artigos para o jornal O Pasquim. Durante exílio escreveu seu livro mais conhecido, o Poema Sujo (1976). Em 1977 retornou ao Brasil e escreveu para o teatro e televisão. Gullar foi reconhecido também como crítico de artes plásticas, tendo publicado vários títulos nessa área, entre eles Sobre Arte (1983) e Etapas da Arte Contemporânea: Do Cubismo à Arte Neoconcreta (1998).