José Roberto Aguilar
Origem: Brasil
Nascimento: 1941
Nasceu em São Paulo, em 1941. Artista multimídia constantemente instado a questionar os limites da arte e da não-arte, com uma gama de trabalhos e intervenções que vão de uma pintura gestual e tropicalista à liderança de uma banda de rock (Aguilar e Sua Banda Performática), passando pelas videoinstalações e performances no espaço público. Expôs individualmente no Masp e no MAM/SP, ambos em São Paulo; participou de sete edições da Bienal Internacional de São Paulo e da Bienal de Paris (1965); e mostrou ainda seus trabalhos em exposições em Tóquio, Hannover, Estocolmo, Caracas, Buenos Aires, Bogotá, Birmingham, Berlim e Milão. Realizou o megaespetáculo A Revolução Francesa, para 10.000 pessoas, em São Paulo, em 1989. No período em que esteve na direção do centro cultural Casa das Rosas, em São Paulo, Aguilar liderou alguns dos mais importantes eventos de arte e tecnologia do fim do século (como Arte Suporte Computador, 1997). IMPORTÂNCIA DE SUA OBRA José Roberto Aguilar é o primeiro a trazer para a cena do vídeo toda uma (anti)estética tropicalista e underground, que já tomava forma, por exemplo, no cinema (Júlio Bressane, Rogério Sganzerla, Andrea Tonacci, Arthur Omar, entre outros) e no teatro (Zé Celso, Antunes Filho e o argentino Victor Garcia). Os primeiros trabalhos de Aguilar, realizados parte no Brasil e parte nos Estados Unidos ou Japão, seguem a linha conceitual dos teipes cariocas, com planos longos e “performáticos”, editados com corte mecânico e fita adesiva. Posteriormente, o trabalho de Aguilar foi se tornando mais complexo e voltado para a exploração de possibilidades instalativas. Divina Comédia Brasileira e Sonho e Contra-sonho de uma Cidade (ambos de 1981) são trabalhos estruturados como concertos de videoarte, em que se utilizam dois gravadores e dois monitores sincronizados em contraponto, “dialogando” entre si sobre o sentido da arte.